Chorei algumas vezes
nas folhas de papel
com a tinta azul
que esboça as letras…
Com os pés despidos
vesti o espírito
nos Teus aromas
e sobre o altar
deixei fardos
que vincaram as costas.
Bebi as Tuas mensagens
e alimentei-me das melodias
que me ensinas-te a tocar
com a ponta dos dedos
no clarinete
que louvava o Teu Nome…
Neste agora
sinto o peso do corpo
na leveza da Tua alma!
…e sabes?
Tenho saudades
de na Tua presença
lavar o rosto
e no regresso
carregar nos lábios
o sorriso que traçavas em mim!
Hoje também chorei na tinta destas linhas…
Ana coelho
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