Por vezes a noite
é uma longa linha
transversal no indistinto
até às primeiras unhas da madrugada,
tantas vezes o escuro
grita estrelas
que se embalam no céu
e dentro de nós
a inquieta sensação sem voz.
Nem sempre a alma
encontra o chão
que no fundo está tão perto.
Do mar chega
um sabor sem fim
nos vácuos da saga do navegador,
o calor que resta
está na flor da pele
que queima os hexágonos da aurora.
Trocamos palavras
escondidas nos cristais da lua,
perturbante mistério
é o vigilante da noite.
Quando ao rosto
chega o sopro do deserto
irrompe uma porta levíssima
tocha rubra que une
as curvas da terra e do sol,
passaporte para a passagem
em que o espírito
tem no corpo a lei da eternidade.
é uma longa linha
transversal no indistinto
até às primeiras unhas da madrugada,
tantas vezes o escuro
grita estrelas
que se embalam no céu
e dentro de nós
a inquieta sensação sem voz.
Nem sempre a alma
encontra o chão
que no fundo está tão perto.
Do mar chega
um sabor sem fim
nos vácuos da saga do navegador,
o calor que resta
está na flor da pele
que queima os hexágonos da aurora.
Trocamos palavras
escondidas nos cristais da lua,
perturbante mistério
é o vigilante da noite.
Quando ao rosto
chega o sopro do deserto
irrompe uma porta levíssima
tocha rubra que une
as curvas da terra e do sol,
passaporte para a passagem
em que o espírito
tem no corpo a lei da eternidade.
Ana Coelho
Sem comentários:
Enviar um comentário