segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Luz do infinito

As nuvens
são frágeis pensamentos
de um silêncio
na luz do infinito,
onde o amor
se alonga por traços
unidos no tempo
e o tempo é tão somente
uma viagem do corpo
nos transpirados sucos da alma.

Pedaços de nada
unidos em teias de néon
com os murmúrios cândidos
perseverados nos raios amarelos
que vestem o corpo
em cada manhã.

Os pés abraçam o tempo
as mãos caminham
em gestos de lúcidas oferendas
até ao altar
onde os ecos são melodias
da própria voz.


Ana Coelho

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