Dispus todas as partículas
Enchi de ar os pulsos do coração
Despejei todos os vestígios
Inconcebíveis obliterados
Sinais sem tempo
Desabotoei as asas
Na penumbra de um dia
Rumei ao infinito da luz,
Lá onde a alma grita nua
E o peito se rasga
Em alcantis vertiginosos
A galáxia estremece
No propício do desígnio
Que acontece na vastidão
Hexagonal
Tudo o que procuro absorver
É da luz a inexorável graça
De reabsorção plena.
Eleva-se acima do material
Na vida que nos condiciona!
Assim o cansado corpo
Adormece o espírito
No colo sereno da alma
Rejuvenescida!
Ana Coelho
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