Anunciada a hora
No borralho de um instante
A aurora acorda
No movimento das gotas
Descaídas nos joelhos
Esquecidos no chão
Os róseos dedos
Marcam um tempo
Nos moldes do vento
Inconsciente aragem
Nos ombros da contusão
Que se esvai num acto de coragem
Fica sepultada
Pois é chegada a hora
Proclamada
Em que a alma se abraça
Numa nova senda
Longe do eterno sono
Da inquietação
Aconchegada na obediência
Do silêncio que a guia
Com beijos latentes
No saliente destino
Uma nova era reitera
Ana Coelho
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