terça-feira, 13 de outubro de 2009

Navegar


[foto de josé António Antunes]

Ânsias eternas que nascem
na luz do sol, tão pura
no espelho azul do mar
barco que navega sem âncora
altos mastros que o seguram,
vagas de anseio
baloiçam no ar
noite sem estrelas
que perde o fulgor…

As curvas das ondas
no imenso oceano,
espraiam no extenso areal
vestido de algas e búzios
tecem segredos por desvendar.

Bambas cordas na proa altiva
dilui-se em bruma ou verdade,
grandeza a humildade
de um leve olhar
a ver no profundo ser…

Navegar manso
sedes amargas
gostoso sal a provar…

Ana Coelho

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