
[foto do site olhares.com do autor Gabriel Bender]
Reconheço
o invólucro do mundo
a impotência do meu ser,
não estar omnipresente.
Reconheço
o meu rosto no espelho
a fragilidade deste pobre coração,
a virtualidade da vida.
Reconheço
não conseguir matar a fome
ter sede do infinito.
Reconheço
nunca ter reconhecido
a longevidade do horizonte.
Reconheço
nada ser nem poder
nas hostes cósmicas deste universo invertido.
Ana Coelho
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