Toda a poesia
veste-se de branco e negro
veludo em trajes de andorinha
sorrisos de dor
mágoa aquecida
no fervor das palavras
desdobradas em véus
na luz da fracção da emoção,
temperaturas intimas do sonhador…
Desenhos imaginários
cenários metafóricos
gemidos rasgados
no crepúsculo das luas confidentes .
Toda a poesia
tem um tom de magia
deitada pelos dedos
absorvida pelo olhar
do locutor ao locatário
um rasgo de verdade
em fragmentos dispersos
diversos nas inóspitas vozes
caladas no papel…
Ana Coelho
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