segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Poros de liberdade

Esboçamos ilusões
nas linhas oblíquas das mãos,
a sina indecisa
certezas profetizadas pelos gestos,
efémera ciência do abstracto
que molda a razão
como barro fundido
no calor dos símbolos profanos…

O vertical dia
ofusca a luz
no lusco-fusco
que deambula na ante noite
…a luz está aí,
nos recantos de uma melodia
nos poros da liberdade
com que se ousa olhar o céu
no redondo mundo
que procuramos longe
das hostes negras
que na sombra
segredam logro
em moldes encenadas
por de trás da luminosidade!

O actor és tu,
neste palco onde o acto
é o improviso das tuas mais intimas segregações!



Ana Coelho

Sem comentários:

Enviar um comentário