segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Corpo frágil

Como esquecer
A dor que faz doer
No corpo frágil
De uma vida
Que foge longe da guarida

Como esquecer
Quando a alma
Não quer ver
E o espírito
Rasga a pele
Em traços rubros
A carne foge no horizonte

Como esquecer
Aquilo que o pensamento
Sugere
E alma quer abandonar
O sangue escorre
Nas entranhas de uma ferida
Dorida e sem vida

Como esquecer
Quando a alma
Habita a fragilidade do corpo
Que abriga a dor de ser…

Ana Coelho

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