Num ápice de silêncios
Balançam nos campos
Flores de jasmim
Cansam-se do tempo
Nas bofetadas do vento
Fogem em rasgos
Da ferida lambida
No sal do ensejo
Lavram a ilusão
No bravio do sol
E por fim coram verdades
Num rosto que reluz
O som do momento
Partem em vão
Paira a metade que a terra secou
Rumores num beco
Fundo da luz
Nas asas da saudade
Escorregam as metades
Que o dia dignificou
Ana Coelho
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