Estendo-me na imensidão
de uma terra incolor
no espraiar dos ventos tempestivos
e das brisas solarengas…
Respiro fragrâncias
deitadas nas penumbras
de uma bruma revolta…
Os raios luminosos
do trigo em flor
adoçam o caminhar
de uma silhueta cansada…
A moldura dos gestos
é o azul translúcido
do véu que me cobre
em quimeras mímicas…
As vestes do sonho
envolvem a vida em Primavera
no esplendor de um lírio branco
aberto no calor do chão…
Uma miragem
ao alcance do olhar para lá do horizonte…
Ana Coelho
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