terça-feira, 4 de maio de 2010

Teias

Tecem fios
Num corpo nu
Despido de alegria
Teia que sustem
Demoras de um vulto
Envolvido em cadeias
Redes lançadas
Fecundadas na solidão
Derradeiro vento
No frio da alma
Enrolada pela maldição…

Gritam surdos gemidos
No tempo
Tecido nos dias
Segundos eternos
Tormentos
Nas horas que teimam
Não passar…
Os minutos desfalecem
No momento sem tempo…

Ana Coelho

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