domingo, 4 de abril de 2010

Ramos de apogeu

A sombra
Pousa na janela
Num punhado de sono insípido
No silêncio das paredes alvas
Uma luz ténue
Estendida de uma estrela
Em ramos de apogeu
Emoldurado em prata apurada

A voz do vento
Escuta-se ao longo das montanhas
No vale de húmidas planícies
Em assobios dilatados
Nas mãos de um momento
Suspenso no espaço
Com um escasso salto de audácia

Ana Coelho






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