domingo, 21 de março de 2010

Com o limite dos dedos


No íntimo do vazio
Num escuro ápice
Vasculho ausências
Nas reticências em que
Tudo interrogo

Pelas exclamações
Caminho na imagem enigmática
Dos olhares espalhados

Percorro com o limite dos dedos
Os pontos cardiais
Nas coordenadas
Em que vislumbro pontos finais

Encosto as faces
No grémio da vírgula
E reitero
Instantes
Nas aspas do silêncio

Defronto em soslaio
O travessão
E desnudo as palavras


Ana Coelho





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