quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vapor rouco dos dias



[foto do site olhares.com do autor Claudio Marcio Lopes]

Há um rio que chora
Nos estilhaços do tempo,
Passa nas margens com coragem
Em serenidade e bravura.

Percorre vales e montes
Abriga o olhar de quem o vê passar.
…Prossegue,
Não hesita
Oscila os movimentos na firmeza
De cada certeza,
Encontra o mar
Num abraço de esperança
Ao encontro do sal
Que lhe adormece os sonhos…

Eleva-se ao céu
Em leveza no vapor rouco dos dias
Agasalha-se no branco das nuvens.
Desliza…
Até beijar os pés de uma flor no jardim da confidência
Sem lágrimas…

Ana Coelho









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