sábado, 10 de outubro de 2009

Voo de serenidade


[foto do site olhares.com do autor Filipe Pombo]

Na âncora do futuro
bruma do passado desacorrentado
nas pontas dos pés, descalças as mãos
trespasso fronteiras castas
uma brisa soprada suavemente
silhueta límpida em voo indubitável
nas asas da ousadia
no perfume dos bosques virgens.

Desfolhar lírios com os dedos
no ar o som do violino
gemidos finos
lágrimas cristalinas e doces
esfinges tombadas no peito
liquidas carícias num ritmo tremular esguio.

Baloiçam os cabelos com a manhã perto
ondas num véu de tule em tranças fluidas
sonhar perdidamente na visão do falcão
trilhos de esperança nevoeiro fresco no coração
na coragem da certeza desfilar na luz do sol
com o sorriso nas mãos
os lábios húmidos beijam a vida
no cálice da serenidade.

Ana Coelho

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