[foto de José António Antunes]
Vem senta-te comigo
tranquilamente contemplemos
o curso das águas do rio,
transparentes correm livres
nunca regressam
nelas levam os dias.
No rosto escorrem lágrimas
ao encontro do (a)mar...
Enlaça a tua mão na minha
não canses o olhar,
espera no silêncio as mares
sem desassossego
à beira do rio
que sempre abraça o mar.
Eterniza neste momento
que nada cremos
inocentes decadências
no fim da infância
a sede do desconhecido
cavalga em rápida descoberta.
Inspira o aroma com suavidade
das flores que agora colhemos.
Vem senta-te comigo
sossega
a inesgotável água
não deixará de passar...
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