domingo, 11 de outubro de 2009

Destino


[foto do site olhares.com do autor José Gama]

Ao redor do juízo
no temor do tempo
inevitável emaranhar
no silêncio se aprende
a escutar sábia voz.

O que ignoras calas
não vociferes em vão.

Cavalga passos gigantes
os olhos observam
penetra discursos esquecidos.

Ao alcance das mãos,
em surdina
fica o cume dos montes
a beijar a lua,
a abraçar o sol.

Murmura ao meu ouvido
mesmo que esteja distante,
acaricia a pedra
no meio do caminho
adora os obstáculos
sem altar.

Os mares brilham
por lá não podes caminhar,
o destino não tem trilhos
os teus pés o vão lavrar.

Ana Coelho

Sem comentários:

Enviar um comentário