
[foto do site olhares.com do autor Mauro A. Borges]
Vento que abalas as tranças das folhagens
desvenda segredos nas pétalas renascidas
penetras na virgem semente em violação
perturbas o sono da natureza
na dor amarga que chega devagar.
A chilrear os pássaros
com asas molhadas pesadas
escondem-se nos beirais de telhados
firme caminho em abrigo seguro.
Persiste o sonho
sem som nem movimento
levas as folhas desprendidas
choram no vulto do tempo.
Leves penas sacudidas elevam-se soltas
nos primeiros raios de sol nascente
em melodia primaveril na escalada abençoada.
Ana Coelho
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