
[foto do site olhares.com da autora Tânia Almeida]
Sentia nas veias
mares de preia-mar
vagões de nuvens
numa dança ao som do vento.
Quando tudo arde e esquece
no peito dormente,
pela rouquidão
do solfejo gaguejado
sentimentos
emoções
invadem todo o corpo.
Só o amor consigo conjecturar
e nele navegar
mesmo os tumultos
elevam os braços ao céu.
A poeira leva o vento
num murmúrio quase mudo
na espuma das últimas lágrimas
sem lembranças.
Atiro o rosto ao sonho
que carrego nas mãos.
Ana Coelho
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