Despi as ideias
quimeras imponderáveis,
com o olhar ceguei os vultos.
Sinto-me escorrer
nos contornos do desejo,
as mãos têm sede
a visão é o talismã
das madrugadas silenciosas.
A alma livre
embriaga-se de pétalas
nos pés calçados pelo espírito!
São flores colhidas
no jardim alvo
onde a infinita alma
se ergue nua…
Ana Coelho
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