sábado, 21 de agosto de 2010

Desilusão

Verve desilusão
quando as esferas se gastam
e os quadrados rolam,
triângulos sem ângulo
e rectas amordaçadas
nas curvas egocêntricas
do vértice das palavras…

Degolam justiça
distribuídas em salvas
de uma balança desconectada da razão!
A razão que é moeda
cara
coroa
fica voltada no chão,
nunca em arestas alquimistas.

Verve desilusão
me cala as mãos
nos abismados conceitos
de uma liberdade mascarada
em prumos feitos…

A sociedade avança
com novos passos que a aproximam
do passado, um ano antes dos cravos!

Ana Coelho

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