quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lua solitária

As vozes dobram-se
no ruído mudo da noite,
desentorpece-se nos silêncios diurnos
de um hexágono colateral
nas sombras em chama
perímetros do astro rei
que por lapso da memória
se entrelaça nos poros
das nuvens
que o vento balança no tempo.


Esvai-se
nos solavancos dos dedos
esquecidos por palavras
adornadas em frases nunca ditas,
porém vividas no cerne
mais profundo
de uma lua solitária
no uivar dos lobos exasperados…


Ana Coelho

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