quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dá-me a voz da razão

Não digas porque,
diz-me só a razão
a motivação
das rugas no teu rosto
do estado estático das tuas mãos
e do teu sol nunca mais se ter posto!

Não te condenarei
não sou juiz nem lei,
só busco a causa
dos teus delírios
que te acompanham furtivo!

Não, não me contes segredos
nem palavras decoradas
nas noites de luar!
Diz-me por onde vagueia o teu medo
o mote das tuas derivações!

Dá-me a voz da razão
aquela que cada um possui.
E assim talvez
eu encontre o porquê,
te estenda a mão
e os dois
saíamos do chão
com a renovação
de um condenado em absolvição!

Ana Coelho

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