A noite desce
aos olhos da lua erguida
nos soluços apagados do dia,
ressoam vozes em segredo
no turbilhão
das avenidas frenéticas,
as luzes acendem
no fundo da sombra
em vultos de escuridão.
As estrelas
imponentes
pintam os rostos de purpurinas
…desfilam
como astros esbeltos
soberanos…
vestem galas,
despem a alma
em rodopios sem vento,
reflectem
ocos espaços
em ecos
inchados de inverdades
…Deitam-se com o ruído
cravado no fundo do peito
e o olhar
vergado em fragmentos
mutilados nos silêncios
que não sabem ouvir….
Ana Coelho
1 comentário:
Olá Ana,
Gostei muito deste "Vestem galas, despem a alma".
"ocos espaços
em ecos
inchados de inverdades", verdades. E assim as pessoas se passeiam por esta sociedade... Grande poema!!
Repetindo-me digo, gostei muito!!
Beijos,
Clarisse
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