domingo, 23 de maio de 2010

Uma súplica vã

Com os braços
Caídos no ventre
Adormeço no chão da alma,
Na fraqueza do sono
A silhueta náufraga
Não oscila,
Nada vacila
É estático, todo o movimento.

Na sinuosidade do sono,
Clamo…
Deixem-me ficar!
Não despertem os meus olhos.
Confiem este lugar vulgar
Aos sonhos que larguei neste mar!

Não me procurem!
Absorvo todo o levitar
Desta nau a navegar,
Se não regressar
É porque a viagem
Me vez repousar.

Abriguem nas vossas memórias
O sorriso que já não sei facultar!

Ana Coelho

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