sábado, 24 de abril de 2010

Nos beirais das emoções

Sempre que nos teus olhos
Uma lágrima escorre
O meu coração
Enrola-se longe dos sorrisos

Os lábios abrem-se
Para o teu olhar
O peito enruga-se
Em batidas compassadas

As mãos analisam
O teu rosto
Os braços decaem
Nos teus ombros

Nos beirais das emoções
Tudo estremece…
A voz compadece-se
E as palavras nada dizem…

Agarro os elos emaranhados
No centro do peito
E no silêncio
Mimoseio todo o meu amor

As pernas caminham
No escuro
Até que no horizonte
Encontre o sol a florir…

Assim entrego-te
Com um simples sorriso.

Ana Coelho

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