quinta-feira, 15 de abril de 2010

Futilidades

Uma porta abriu-se
vislumbrei montras de rara beleza,
ingenuamente as admirei
com a alma destapada.

Uma corrente de ar
fez-se sentir…
O vento fez-se ouvir…

Olhei de novo
vi uma loja vazia
com uma inscrição!
Vende-se ou aluga-se
por qualquer preço…

Voltei a rua em que nasci
onde o ar se pode respirar
por entre paredes velhas,
brancas
sem montras
os corações sentem
batidas em compassos alegres
sem inveja nem ressentimentos fúteis,
um lugar onde se encontra sorrisos
em cada olhar…

A porta fechou-se
e o sol voltou a raiar…

Assim caminhei
por entre um véu escuro,
com a ponta dos dedos
encontrei pétalas vermelhas
caídas no chão…

Ana Coelho

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