segunda-feira, 12 de abril de 2010

Fluxo em desassossego

Todos os pensamentos
Dissolvem-se em sons do vento
Em palavras gastas
Talvez também em castos verbos
Na desordem dos versos

Todas as metáforas
São intempéries
Com intemporais do tempo
São inúmeras questões
O fluxo em desassossego

Para quem
No ar respira flores
Nas flores encontra
Fragrâncias para lá do imaginário comum

Caminhar
E na leveza dos passos
Encontrar pedras soltas
Para contar
À inquieta mente

Que soletra tempos
Em retratos pintados nas letras
Correm a chorar
A cantar
E a sorrir
Num virgem papel
Vestido de branco
E caí de prazer
No desassossego do poeta
Que em mais um poema sossega...

Ana Coelho

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