sábado, 16 de janeiro de 2010

Multidão solitária


[foto do site olhares.com do autor Fabio Eduardo Martins Ferreira]

A vastidão funda
Onde o escuro mergulha
Sem a voz suspirar…
Náufragos pedaços
Presos no olhar
Húmido latejar
Que as ondas vêm abraçar…

Perto do cais
Decaí o abrigo
No mais fundo das entranhas…
Grita o suicídio
No espanto da multidão
Solitária…

Todos expurgam as mãos
Nos trapos lânguidos
Da ciência
Que ri e chora
Nos compassos das horas…

Insana colisão
Reinventada
Neste tempo sem tempo…

Ana Coelho




Sem comentários:

Enviar um comentário