[foto do site olhares.com do autor Angelgard]
Fui traída
Num dia de ilusão
Pela carne
Num momento vulgar
Banal
Nos despojos
Dum ordinário momento
Que o sentimento
Ficou trancado
Arrastado pela sedução
Trivial
Ah, sim fui traída
Num suicídio prenunciado
Pela voz amortecida
Restos incertos
Sem remate
O coração ficou à deriva
Nas redes do pecado essencial
Fui traída
E procurei a imensidão das invenções
Que movem
Todo escárnio e mal dizer…
Procurei
Mergulhei em gélidas emoções
…Mas afinal era um dia rotineiro
Ou seria a primeiro…
Ah, sim fui traída
Lembro-me a dor dos ossos
A partirem
Rasgos de sangue
A alucinarem por entre
Os golpes abertos
Sem dó nem piedade…
Como um simples mortal
Que ama e sofre
Perdoa porque ama
E ama porque o amor
É a dádiva
Que te ti aprendi…
Fui traída
E só assim conheci
O valor poderoso do perdão
Nas mãos de clamor
Do supremo amor
Que move a vida…
Aquele que junta e nunca separa…
Resposta a um desafio aqui:
Ana Coelho
Sem comentários:
Enviar um comentário