[foto do site olhares.com do autor Bigmac]
Roucos andrajos acordam no ar
Na ponta do sonho, vértice perdido
Murmúrios mudos no ruído do mundo.
Férteis ramagens de correntes límpidas
Fluem na mente, na porta aberta da consciência
Absorve no fundo a cor da dor
No limiar aconchego da pele inflamada.
Despida de nada a mão reservada
Adormece o sol no colo da lua,
Luz e sombra na dimensão do além
Na firme certeza de nada ser
Mas assim é bom viver.
Ana Coelho
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