terça-feira, 13 de outubro de 2009

Poema adormecido


[foto do site olhares.com do autor pedro pinheiro]

Durante o sono caminho
Sobre as palavras difíceis da sede,
Embriago a terra com a seiva da lua
Entre espelhos vivos do branco da folha.

Sinto a nudez das palavras
Na claridade do olhar
Que em mim proclamam,
Brilho ou eco…
No silêncio descubro a sílaba redonda
Que embala a caneta na aridez da página.

Busco caminhos
Na distância sem destino,
Lavo as lágrimas
Num poema adormecido.

Ana Coelho

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