
[foto do site olhares.com da autora carla sousa]
Naquela estrada
Onde sucumbiu a madrugada
Sonâmbula embriagada,
A lua destilada
Asfaltos pintados de negro
Alucinantes e velozes.
Naquela estrada
Onde o sonho perdeu a luz
Os abutres choravam a primavera,
Deslizava o gelo invernosas veias
Relâmpagos azuis vestidos de brancos.
Naquela estrada
Em que a memória ficou encerrada
O desmedido descuido irreflectido
Agora vivido na sombra encontrada
Na curva de um curto destino.
Ana Coelho
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