sábado, 24 de outubro de 2009

Naquela estrada


[foto do site olhares.com da autora carla sousa]

Naquela estrada
Onde sucumbiu a madrugada
Sonâmbula embriagada,
A lua destilada
Asfaltos pintados de negro
Alucinantes e velozes.

Naquela estrada
Onde o sonho perdeu a luz
Os abutres choravam a primavera,
Deslizava o gelo invernosas veias
Relâmpagos azuis vestidos de brancos.

Naquela estrada
Em que a memória ficou encerrada
O desmedido descuido irreflectido
Agora vivido na sombra encontrada
Na curva de um curto destino.

Ana Coelho

Sem comentários:

Enviar um comentário