
[foto do site olhares.com do autor Leonardo Braga Pinheiro]
A aurora despertou no firmamento
Perto do longínquo olhar
Cansada da madrugada,
Descalça numa ponte de mármore
Em trilhos de poeira
No extinto nevoeiro…
Sonâmbula rosa desfolhada
Canta a terra orvalhada
O céu amarrotado
Pela cinza das nuvens
Que esparjam no ar…
Acordou o sonho,
Com ele
Despontou lampejos de coragem
Soletrados no violino
Que chorou no auge da orquestra,
Ruídos decifrados pela lua
Na linha dúbia de uma estrela…
Indícios de uma voz
Abstracta e nua…
Inaugurou-se assim a alvorada
No cálice da insónia
Que pastoreou o sono…
As pálpebras sorriram
Aos primeiros raios de sol…
Ana Coelho
2 comentários:
Belíssima escrita querida!
Beijinhos de luz!
:)
ai ana como é bom ler-te !
um doce bjo pra minha querida amiga!
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