
[foto de José António Antunes]
Tenho o olhar cansado do infinito
Desnudo
Gotas de neblina
Escorridas nos poros desgastados,
Num tempo árido e sóbrio.
Desenho voos desajeitados
Na hesitação
Embriagada sem rumo,
Declive
Num campo de flores-de-lis
…Devagar desço o rio
Na suave corrente
Que embala os olhos.
Percorro o firmamento
…Adormeço no vértice da lua
Num luar alto e calmo,
Onde o infinito fica perto.
Ana Coelho
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