terça-feira, 13 de outubro de 2009


[foto do site olhares.com do autor Angelgard]

Devagar regressa
à superfície
ignora os disfarces
do destino,
rasga os precipícios
na poeira do mundo.

Veste de verde o amanhecer
recolhe no peito
todas as pedras do caminho.
Desfia com rigor
cada angustia
ou desejo inconfessável,
recupera a distraída
bússola da alma,
obstáculos povoados
na memória indelével.

Fala como quem ouve
a verdade sem mentira,
nem ocultas palavras.
Renova a tua essência
em puro renascer
na insustentável leveza de ser.

Ana Coelho

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