sábado, 10 de outubro de 2009

Espaços virgens


[foto do ste olhares.com do autor João Viegas]

No infinito busco silhuetas
nos escombros do universo
cadências desconhecidas
que o olhar procura.

A vida murcha e revive
gestos contínuos espaços virgens
varando o sonho
trejeitos geométricos
buscam aquilo que foge.

As mãos pedem firmeza na leveza
a pura água derramada
em fio foge nos dedos.

Regressarão à paisagem serena
a tocar a lua
despojar formas inúteis
no olhar límpido liberto.

Ana Coelho

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