[foto do site olhares.com do autor L.Ag]
Sonâmbula noite
uivam os lobos sem lua,
escutam-se tambores no firmamento
palpitar no peito aberto
naufragadas as estrelas no universo.
Soluços em tormentos
choram lágrimas no cume da montanha
escorrem no leito do rio
corrente astuta as embala
esmaltados trilhos de sonho.
Epopeia iluminada nos xistos
relâmpago veloz
rasga o véu espada sem bico.
Ouço harpas a trinar
quebram gritos
apoteose ao rubro
seres celestiais ungem o sol
fulvas de amor renascem na própria luz...
Ana Coelho
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