quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ausência


[foto do site olhares.com do autor Paulo Abreu]

Sinto a sala vazia
no ar o odor cansado
bafo amargurado...
Latidos calados
corações amarrotados,
negras palavras
na tela em branco.

A sala está cheia de vazio
escura cortina empoeirada.

Almas perdidas
feridas
dançam sem musica
em remoinhos de letras
adormecidas...
Nuvem negra
chora sem lágrimas
na terra já regada
pelo orvalho da manhã
que não acordou neste dia.

Lambem as feridas
num frenesim ausente
canção sem harmonia
num bailado de estrelas
sobre o mar tempestuoso
que enrola a areia nos pés descalços.

Ana Coelho

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