
[foto do site olhares.com do autor mnpta]
Desfile de marionetas
no teatro sem palco
a locução transfigurada
no espelho o vulto,
nas mãos os fios manipulados
em figuras desconhecidas
vestidas de fantoches
em asfixia de sonhos.
Moinhos de vento que rodam
na lua nova no céu sem estrelas,
os rostos pintados de negro
lábios gélidos em feridas antigas
esfaqueados pelas mordaças
ofuscam sorrisos.
Quimeras em cinza na fogueira das vaidades
cegas em nuvens de fumo
no cachimbo da ambição.
Ana Coelho
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