Manhãs que acordam nos rios
Na lonjura das florestas
Nascem planícies áridas no olhar
Caminhos que se cruzam
Perdidos do destino
Mistérios nas distâncias
Dos vértices solares…
Correm naus
Ao som das trombetas
Afundam-se sonhos
Nas bermas do adverso chão…
Choram remoinhos
Nos escombros da paisagem…
Gritam silêncios
As vozes roucas
No abrigo do mundo…
No denso caudal
Morrem os nenúfares
Longe do luar…
Afunda-se assim a sina
Que teima em naufragar…
Ana Coelho
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